Era uma vez (sim, apenas uma, pois história como essa nunca ocorreria duas ou mais vezes) um suíno, que, daqui em diante, por motivos eufemísticos, narrativos e clássicos, será tratado como porquinho, uma vagabunda, obviamente leviana, de hábito específicos (usava, por exemplo, religiosamente, uma capa vermelho-fogo-desbotado), a qual atendia pelo nome de Chapeuzinho Vermelho, e um selvagem rousseauniano de trajes precários e ínfimos, conhecido tanto pela antonomásia a ele atribuída (Homem-macaco) quanto por sua designação: Tarzan. Do seu nome, John Clayton III, no entanto, ninguém sabia. Os três eram amigos.
Amizade sincera. Como tal, não havia interesses por trás das relações cultivadas. A diversão destes três era nadar no lago da floresta da chácara da Branca de Neve. Nadavam nus. O porquinho estava sempre dessa forma. Tarzan não tinha grandes dificuldades em despir-se de sua tanga. E a Chapeuzinho tirava o agasalho com cuidado, precavendo-se para que a peça não enroscasse no piercing do mamilo direito. O assunto dentro d'água era sempre o mesmo: sexo. Ninguém se excitava, porém, em respeito à amizade. Conversavam sobre como conquistariam o objeto de desejo de cada um. Em certa data, em comum acordo, todos se comprometeram a declararem-se aos seus amores. E foram.
O porquinho visava a uma relação interespecífica com o Lobo Mau. Chegando na casa de seu amor, bateu à porta e exaltou todas as qualidades que via, declarando-se apaixonadamente. O lobo, indiferente, respondeu que, de acordo com a dieta do nutricionista, não podia mais comer carne suína e fechou a porta. Voltou o porquinho ao lago, decepcionado. Chapeuzinho, bissexual, bateu palmas chamando a Rapunzel em sua torre. Gritou: "Me deixe subir nos seus cabelos que eu faço você subir ao céu, Rapunzel!". A princesa, irritada, mandou descer seu marido, Edward Mãos de Tesoura, para expulsar a menina. Foi-se embora Chapeuzinho, xingando a cabeluda. Tarzan não teve mais sucesso que seus amigos. Acabou sendo agredido por João, com uma baguete, enquanto flertava com Maria. Encontraram-se todos no lago, contaram suas decepções e se abraçaram. Decidiram, então, já que ninguém os queria, dar uma chance à rotina. Fizeram uma orgia no lago.
Ou seja, no fim das contas, dois mais dois dá sempre quatro. Ou de quatro.
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maconha? haxixe? LDS? cogumelo? hããã? ahsushuahsuahsuah http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/drogas/tip_drog.htm
ResponderExcluirJuro que foi tudo na base do oxigênio! rs
ResponderExcluirSei, sei. Cê tem sangue no cérebro, né.
ResponderExcluirO_O e eu achando que já tinha visto de tudo nas versões de contos de fada!!!
ResponderExcluirAdorei!!!
http://diamondsforlittlethings.blogspot.com/