12 setembro, 2011

Dote

Em tempos de crise, hábitos antigos são revistos e readaptados. Num passado não muito distante, os pais das meninas pagavam à família dos rapazes para que se casassem com elas. Apenas durante esse período o casamento era lucrativo para o homem. Refletindo sobre isso e pensando adiante, resolvi buscar na história esse costume perdido: o dote. Não quero o casamento, só o dinheiro. Para tanto, apresento-lhes, interessadas e interesseiras, meus atributos e, para não ser desonesto, meus senãos. Pois então, cá estão.
Dos positivos: carinhoso; fofo; educado; preocupo-me com meus amores; sei falar sobre tudo; autoestima elevada; gosto de animais; danço com maestria; traços faciais desenhados; braços esculturais; sou sensível; não me rebaixo por nada; trepo bem; prezo pelo prazer da minha companheira; se preciso, minto rapidamente.
Dos negativos: carinhoso beirando o brega; fofo, eufemismo para o descontrole na hora de comer; educado em escola pública; meus amores normalmente são livros e filmes; falo muito pouco; autoestima chegando em Narciso; sim, gosto de pets, mas não me apareça com um gato na frente!; danço bem o Rebolation; traços faciais desenhados por Picasso; braços esculturais, fruto dos gessos que usei; tão sensível que ando rebolando; não me rebaixo, mas adoro baixaria; trepo bem em árvores; prazer por prazer, melhor comprar um vibrador; minto ainda mais rapidamente quando não preciso.
Noves fora, zero!

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