
A barreira espacial se ergueu entre eles. A temporal também. Ele viajaria pelo período de nove dias a fim de definir o próximo passo de seu futuro. Caminhou sem ela nessa empreitada, deixando à dama um buquê de saudade, tristeza e dúvida. O que haveria para eles, afinal? O fim? O recomeço?
Novos mundos engolem novos homens. Ele foi engolido pela cidade grande, pelas novidades, pelo que cativa de tão impressionante. O progresso seduz mais, às vezes, do que uma bela mulher. O futuro no presente é a ambição de todo visionário. Mas há um momento em que esse espaço cinza desencanta e os passos são atraídos pela voz doce daquela que ficou. Foi nesse momento que ele chegou a mais sábia das indagações: "De que me adianta abraçar o mundo se tudo o que mais quero é abraçar quem eu tanto amo?"
Por isso ele volta hoje. Ele volta para tê-la em seus braços novamente, para beijá-la como se não houvesse tempo para cerimônias, para beliscá-la com uma mordida e rezar a missa sagrada do amor: eu a amo! Veja, se a saudade é o percalço, o reencontro faz de um dia simples o mais sublime de todos.
Tô chegando, mané. Eu te amo muito!