Comunicado do Ministério da Saúde

Detectamos, recentemente, uma doença que vem infectando uma grande massa e, logo após ser catalogada, foi considerada pandemia. Muito s cientistas afirmam que é incurável e que habita os confins da humanidade, desde o seu primórdio. O Ministério da Saúde repudia o alerta que tais cientistas vem dando, principalemente por causar pânico na população. Com o intuito de informar e acalmar, disponibilizamos as principais informações sobre a doença.

Nome - Amor (cordis idiotis)

Sintomas - O índividuo age com extema babaquice, baba, cria um vinculo frequente com o espelho e um descompromisso com os horários, os estudos, a alimentação e a realidade. Por isso começa a fantasiar, imaginar cenas e compor histórias. Ilusões, diga-se. Em determinado momento, supervaloriza o outro e despreza a si mesmo. Quando o paciente entra nesse estado, costuma-se dizer que não há mais volta...

Prevenção - Recomenda-se a todos que não queiram padecer desse mal que se isolem de tudo e isso inclui ficar longe das pessoas, da T.V., dos livros e, principalmente, do computador. Se confirmada a doença, deve-se tomar cuidado com objetos pontiagudos ou cortantes deixados perto do enfermo, principalmente se o amor atingir o nível platônico!

Tratamento - Conhece-se apenas dois. O primeiro consisite em arrancar o coração, que é contra-indicado para aqueles que não querem morrer ou em caso de suspeita de dengue. Devo alertar ao doente que lê esse informativo que esse primeiro tratamento não seria como morrer de amor; seria morrer de idiotice. Ou seja, de amor. Sim, há redundãncia. O segundo tratamento é simples: faz-se uma lavagem cerebral, a qual damos garantia de até duas semanas de resultados satisfatórios. A partir daí é cada um na sua... Há ainda uma terceira forma, que eu não mencionaria, mas, para que haja um completo entendimento da população em relação a pandemia, ficará aqui registrado. O terceiro método é o mais utilizado e parte de um princípio básico, simples: usar o amor contra o amor. Apaixonar-se por outra para esquecer a uma, ou seja, mata-se o amor com o próprio amor, para depois ele nascer mais forte! Uma loucura, verdade, mas quem somos nós para julgar as formas de tratamento populares?
Por falar em loucura, vamos aos seus sintomas...