08 outubro, 2009

Hein?

Pra fugir do tédio, pego minha Kombi e descanso
Pra fugir da movimento, corro nas ruas atrás da paz
Pra fugir da fuga, nada faço...
Sento
Espero
Durmo...
Uma hora ela chega

A vida tem sido um paradoxo hiperbólico,
Como arrancar as pernas e sair andando
E isso é tão ilógico e irracional
Que nem preciso me explicar
Afinal nem eu nem você entendemos

E passar as tardes pensando já não me agrada mais
E às vezes me pego pensando:
"Pra que pensar se já penso que não penso nada interessante?"
E ultimamente tenho pensado tão pouco...
Prova disso é a repetição do "pensar" na última estrofe

Escrevo besteiras
Discuto sozinho
Argumento contra minha mente
Amava uma sombra, que se odeia e se confunde
Vida estranha, gozada
E, por vezes, podre como a taboada
Justificativa do último verso: poema sem rima não tem graça
Sim, isso é, ou deveria ser, um poema

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Teu blogue é do caralho, e isso é, sim, um poema, e genial... Cheio de metalinguagem, de sacadas fantásticas. Foi pro bookmark!

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